Queridos Irmãos,
Analisando um pouco mais a mensagem de nosso irmão Eduardo, chequei a conclusão que ela suscita outras discussões, além do conteúdo das letras das músicas executadas na evangelização, como a princípio havia entendido. Peço por isso um pouco mais de paciência para análise da questão.
A ponderação de nosso irmão, acredito, abre um leque maior de temas para debates, tais como: vibração e harmonia na casa espírita, Educação Formal x Evangelização, Dimensões Espaciais da Casa Espírita, ao lermos com cuidado o texto do Kardec em Obras Póstumas sobre o assunto, nos remetendo a uma maior reflexão sobre o tema.
As casas espíritas, todos sabem, têm uma dimensão espiritual enorme, verdadeiros hospitais espirituais onde se encontram internados vários irmãos nossos com problemas sérios em várias áreas comportamentais, no sexo, com as drogas, irmãos estes que são inclusive levados as nossas salas da evangelização, para participarem de nossos encontros.
Assim sendo, não sei se ao executarmos músicas de compositores e artistas que muita das vezes fazem apologia explicita as drogas, como no caso do Rappa e Marcello D2 não estaremos, mesmo sem intenção, de certa forma contribuindo para o agravamento do quadro desses irmãos internados em nossas casas espíritas, podendo inclusive promover alterações negativas na vibração e harmonia da casa. Levando a esses irmãos reviverem emoções, sentimentos, situações, comportamentos que há muito vêm tentando vencer, superar. Não sei…
Como disse, anteriormente, gosto muito da música Pescadores de Ilusões do Rappa, mas após as ponderações feitas, já não tenho tanta certeza se é o indicado para evangelização espírita. Não por conta da letra da música, que traz uma mensagem belíssima com relação à necessidade do desapego dos bens materiais, mas levando em conta a questão vibracional de quem a executa. Ao refletir melhor sobre o assunto dúvidas surgiram que gostaria de partilhar com vocês.
Tudo isso me fez lembrar uma experiência vivida a pouco e que embora não se tratando de uma música, pertence ao mesmo campo, que é o da arte no movimento espírita. Foi o seguinte comprei o Filme Cristianne F, Drogada e Prostituída aos 12 anos para exibir aos evangelizandos. Só que ao ver o filme fiquei insegura por conta de algumas cenas explicita que continha o filme. Diante disse consultei meus superiores em conhecimento e experiência na área, que não colocaram nenhuma restrição quanto à exibição do filme. Porém, apesar disso nunca conseguimos exibir o filme, sempre que iríamos fazê-lo surgia um problema qualquer. Hoje com as ponderações feitas, pelo nosso irmão, acho que começo entender o porquê de não termos exibido o filme, apesar das nossas intenções serem melhor possível: prevenir sobre o uso das drogas e a degradação moral que a mesmo pode levar os nossos jovens.
Mas gostaria de escutar outras opiniões a respeito, realmente, dúvidas surgiram quanto ao tema.
Abraços Fraternos,
Albana